Propriedade do Rei
Autor : J.K.Carvalho Palavras chaves : Romance, Vingança, Estupro, Aristocracia, Paixão / Erótica Protagonistas : Evelyn e Archie
Detalhes do livro Propriedade do Rei
Princesa Evelyn desde cedo aprendeu a ser casta, obediente e a se calar na presença de homens. Mas mal sabia que seria sua perspicácia, inteligência e caráter que a salvaria do destino cruel que toda sua família sofreria nas mãos do rei Archie, um temível e cruel rei que veio atrás de vingança por um crime hediondo contra sua meia-irmã, cometido pelo rei de Hartz. Evelyn se encontra em um momento delicado, entre tomar o veneno ou salvar seu povo da fúria do rei. Ela decide por salva-los, aceitando ser a propriedade do rei de Dazzo. Porém, a garota sabe que nenhum lugar do mundo é mais seguro para si do que um trono. Evelyn terá que passar por provações para si mesma, se livrar de seus traumas, criar alianças e amizades se quiser ter poder e segurança para si e seu povo.
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Capítulo 1
Evelyn
Eu estava na janela de meu quarto aquela manhã quando os sinos tocaram declarando final de uma guerra entre os reinos que durou quase uma década.
Logo as pessoas estavam em euforia, alguns mais contentes que outros. Outros ja desejavam que o rei fizesse um grande banquete para comemorar a paz entre os reinos depois longos oito anos de provocações. Provocações nas quais ainda é um completo mistério para mim. Muitas coisas foram ditas a respeito dela, mas nenhuma coerente o suficiente para mim.
Posso ouvir, daqui de meu quarto, o quanto meu pai, o rei, está furioso. Uma rendição? Ele nunca aceitará ser amigo de alguém do reino de Dazzo. Ja vivemos em paz antes, mas em um determinado dia tudo desabou.
Durante esses oito anos eu ouvi muitas coisas a respeito das pessoas de lá, principalmente do rei. Ele é considerado um dos melhores espadachins de seu reino, além de sua crueldade. Uma vez minha ama me disse, que ele poderia me colocar de joelhos e me chicotear até a morte enquanto se divertia com meus gritos e admirava minha pele rasgada pelo chicote.
É claro que isso me causou calafrios. Mas eu tenho a leve impressão que não é assim, por causa de alguém que conversei a muitos anos atrás. As vezes me pergunto como ela está, pois nunca mais nos vimos depois daquela noite do baile de minha apresentação.
Eu sou a terceira da “sucessão”. Meus irmãos que são considerados da sucessão, eu não, bom pelo meu pai é isso que vale. Sou uma mulher, mulheres só servem para ser usadas por seu marido ou dar a luz a crianças, é o que ele diz.
– Alteza, saia dessa janela! Precisa estar pronta quando os convidados de Dazzo chegarem._ Meredith me alerta, me fazendo sair de meus pensamentos enquanto olhava através da janela do quarto.
– Você sabe se ele virá?
– Ele quem, minha princesa? _ Meredith pergunta puxando leve meu braço, me obrigando a sair da janela e ja começando a apertar meu espartilho. Murmuro pelo apertão e ela ri baixo balançando a cabeça em negativa.
– O rei de Dazzo, Mery!
– Não acho que ele viria jantar na mesma mesa que seu pai após todos esses anos em guerra…. _ a senhora ja de feições enrugadas balança a cabeça em negativa enquanto me da a mesma resposta que se passou em minha cabeça.
– Você sabe como ele é?_ pergunto mais uma vez mostrando meu interesse para ela. Tenho poucas recordações de uma conversa antiga, então não sei se é verdade sobre ele ser um homem bonito e agradável.
– Não! Há rumores, mas não valem a pena ser citados. Em todo caso, é melhor se você ser quase um fantasma nesse jantar. Seu pai está cuspindo fogo e não queremos que ele desconte em você se novo…
– Eu tentarei…_ Sussurro voltando apenas meus olhos para a janela.
Sim, ser quase um fantasma. Não ser vista, não falar mais alto do que sussurros. Obediência e recato…
Uma vez questionei meu pai sobre a guerra e ele me disse que, a pessoa que mais sofreria se nossos portões caíssem seria justamente eu. Que eu, princesa de Hartz, seria uma pequena diversão para todos e qualquer homem do exército de Dazzo que quisesse colocar seu pau em uma mulher de sangue nobre… Sempre ficou claro que se nosso reino caísse, eu seria entregue para distrai-los enquanto os herdeiros “legítimos” pudessem fugir em segurança. Eu não tenho a melhor e mais preocupada família. Eu sou um objeto para meu pai, nada mais.
Isso me fez nunca mais questionar. Uma vez uma garota da aldeia foi escolhida pelo meu próprio pai, ela era uma mulher muito bonita, e tinha uma missão, seduzir e matar o rei de Dazzo.
Seu fim trágico é o que fez minha angústia aumentar, ela voltou para Hartz, do “avesso”. Quando os guardas a trouxeram eu estava no salão, ela não tinha mais pele por todo o corpo. Foi uma cena aterrorizante. Eu perdi o sono por dias enquanto imaginava como seria o meu fim.
Meredith passa o vestido por cima de minha cabeça, mas meus olhos ainda estão fixos na janela e ela me obriga a virar para encara-la.
– Algo me diz que você vai entrar em problemas se demonstrar tanto interesse em Dazzo assim…
– Eu só estou curiosa como é o rei! _ praguejo e ela me da um tapinha no quadril.
– Mate essa curiosidade antes qhe ela mate você! Agora vá!
Me olho rapidamente no espelho e ajeito uma mecha do cabelo que saía do coque alto e bonito que Mery fez.
– Obrigada…_ a dou um beijo terno na bochecha e me apresso para chegar a sala do trono, onde meu pai passa a maior parte de seu tempo.
***
Uma longa discussão se dava continuidade. Olho para o enviado de Dazzo e depois para meu pai, e vice versa. O mensageiro de Dazzo trouxe as condições para o acordo de paz, mas parece que todas elas irritam meu pai, mesmo que não sejam absurdas. O rapaz parece ter minha idade, o que me surpreende alguém tão jovem em um cargo desses, querendo ou não, ele é responsável por levar respostas para onde quer que seja por ordem do seu rei.
– Diga ao seu rei para vir negociar essas condições!_ meu pai rosna se inclinando no trono. Ele está vermelho como uma pimenta, enquanto o mensageiro o encara entediado.
– Majestade, o rei de Dazzo ja está a caminho. Mas ele pede que pelo menos o banquete seja servido está noite…
Meus irmãos estão compartilhando da mesma indignação, quando eu não vejo nada de errado.
– Meu pai…_ o chamo levantando minha voz um pouco mais alto que um sussurro e todo o salão se cala para me ouvir e o mensageiro de Dazzo se vira me encarando de frente.
– Não vê que estamos tratando de assuntos delicados?_ meu irmão mais velho me repreende, então balbucio e olho para meu pai com uma expressão dura. Eu deveria ter ficado calada, mas alguém precisa dizer a verdade.
– Eu somente queria dizer que nosso povo tem sofrido com a guerra… E … E…. As condições do reino de Dazzo … não parecem ruins …_ a medida que falo minha voz vai sumindo e a cor vermelha aparecendo no rosto de meu pai.
Ele se levanta calmo de seu trono, e olho para o mensageiro que sorriu sutilmente e acebou com a cabeça de um jeito cortes. Me parece ser uma boa pessoa.
Os passos de meu pai trazem de volta minha atenção a ele, me curvo rapidamente em respeito e ele para diante de mim, com as mãos juntas atrás das costas olhando diretamente em meu rosto.
Seu braço se move, acertando as costas de sua mão em meu rosto com uma força absurda me arrancando um grunhido baixo. Permaneço imóvel após levar a mão a boca sentindo o gosto metálico de sangue na ponta de minha língua. Sue braço ainda está parado no ar, até que ele o recolhe de volta com tranquilidade para atrás das costas.
– Suma da minha frente antes que eu te castigue de verdade por se enfiar em assuntos que não lhe dizem respeito!
– Sim meu pai…_ sussurro quase sem voz e o reverencio, me apresso saindo sem olhar para trás enquanto ouço os murmúrios dos que ficaram no salão.
Vou direto para a biblioteca e respiro fundo me garrando a uma prateleira. Limpo com os dedos o sangue de meu lábio cortando e não me permito chorar por tal humilhação. Ando pelas prateleiras recobrando minha dignidade e escolho um livro que me chama atenção. Por mim passaria todo o meu tempo escondida aqui, aproveitando os livros longe dos insultos e barbaridade dessa família.
Ando pelos corredores, ouvindo os sussurros dos criados quando me vêem passar. Escondo o corte em neu lábio com a capa do livro e mantenho meus olhos no chão enquanto vou ao jardim leste para disfrutar de um pouco de silêncio. Um lugar distante e silencioso.
Archie
Caminho olhando o castelo, ninguém me viu entrar e ninguém suspeita quem eu sou. Quero olhar com calma todos os detalhes deste lugar antes de o fazer cair de vez. Não consigo parar de pensar em Dandara. Eu quero demolir cada pedra desse lugar para que não sobre nem mesmo as ruínas
Através das muretas, vejo um pequeno jardim cercado, e de baixo de uma boa sombra de um salgueiro e cercados baixos de roseiras, uma bela garota se deleita silenciosa de um livro. A maneira como seus olhos percorrem as páginas com serenidade me faz questionar se ela ao menos sabe que está sendo observada.
Coloco as mãos atrás das costas, e caminho sem pressa em sua direção. Sou um amante de literatura por isso qualquer livro me chama atenção, ainda mais nas mãos de uma jovem bonita de cabelos pretos ondulados, pele alva, nariz delicado e cílios fartos. Ela realmente é uma garota exuberante. O modo pacífico como aproveita da leitura e do silêncio do lugar parece capturar por um momento minha atenção.
— Este deve ser bom… _ comento parando na distância de três passos e ela ergue seus olhos castanhos claros, redondos e charmosos, parecendo um pouco surpresa como assustada.
— Realmente é. Perdão, é a primeira vez que o vejo…como deveria me dirigir a vós?
Ela sairá correndo quando contar? Vai chorar desesperada? Vai mudar drasticamente seu comportamento? Vamos nos divertir um pouco com a mente da moça que não me olhou com nenhum pingo de arrogância em suas feições. Ela continua sentada sobre o gramado com seu corpo escorado na árvore.
— Majestade…
Ela me olha de certa forma ainda mais surpresa, suas sobrancelhas arqueiam sutilmente e são apertadas enquanto fecha o livro em sua mão e se colocando de pé apressada. Penso que ela sairá correndo mas apenas faz um breve cumprimento de cortesia e um aceno sutil com a cabeça de forma serena. Seu olhar parece investigativo e intrigado sobre minha pessoa.
— Bem-vindo a Hartz, majestade. Gosta de ler?
— Um pouco. Já li alguns, confesso, mas não muitos… _ dou um passo a frente e ela sorri sutilmente em minha resposta.
— A biblioteca real de Hartz possuí uma boa variedade, majestade. Caso sinto o desejo, eu poderia levá-lo pessoalmente.
Ela é como a vadia que o rei mandou para me matar, achando que podia se insinuar cheia de si mesma porque o rei dela a disse que a beleza era imensurável e ela ganharia mais ouro do que pudesse carregar. Rolo meus olhos pelo jardim isolado desprotegido.
— Gentil de sua parte, mas eu não terei muito tempo para passeios…
— Oh!_ ela acena novamente como se estivesse pedindo desculpas e levanta seu rosto completamente e desvia para as roseiras.
Reparo melhor na beleza de seu rosto e vejo o corte em seu lábio. Parece feito recente, mas quem teria batido em uma moça aparentemente bem educada.
— Quem fez isso com você? _ pergunto sério e ela me olha de relance e cobre o lábio com as pontas dos dedos.
— Eu cai… _ ela sussurra abaixando novamente os olhos.
— Com bastante força pelo que noto. Já “cai” muitas vezes e sei como é o inchaço dessa queda. _ Comento sugestivo arqueando a sobrancelha, mostrando que estou ciente de sua mentira e ela cora.
— Não foi nada, majestade. Apenas um pequeno descuido meu.
— Entendo … Você não tem medo?_ pergunto intrigado ao ver que ela nem mesmo treme diante de mim.
Ela me olha receosa, buscando algo em meu rosto brevemente.
— Se eu disser a verdade, arrancará minha pele?
Riu baixo. É eu mandei fazer isso, sei do que ela está falando. Respiro fundo e solto devagar a olhando de soslaio. Pelo menos ela é sincera com seus pensamentos.
— Talvez!
— Então não…_ ela nega desviando seus olhos para o livro marrom em suas mãos.
— Mas posso mandar arrancar por mentir!
A vejo encolher os ombros e estreito as sobrancelhas enquanto ela balança a cabeça em negativa um pouco tensa.
— Desculpe, majestade. Não tive intenção de ofender… Eu …
— Está tudo bem! Não ofende! _ dou um sorriso surik tranquilo e ela respira ao se lembrar que precisava o fazer, o alívio nítido em seus olhos. _ Apenas me diga como sou chamado aqui e eu lhe perdoarei por mentir.
Ela parece ainda mais tensa e pensativa, apertando os lábios e tombando a cabeça para o lado enquanto olhava fixamente para o gramado verde e baixo do jardim.
— Digamos que tirano …_ ela sussurra a última palavra com muito receio, morde internamente o lábio inferior e o solta receosa. _ ainda seja um termo suave.
— Hum…_ concordo balançando a cabeça em positiva._ Está perdoada!
— Vossa majestade é?
— Sim! Digamos que tirano realmente seja uma palavra suave para mim. Me chame de monstro se quiser, eu realmente sou! Eu sempre serei um monstro para meus inimigos!
— Não me parece ser …_ ela confessa abaixando agora os olhos para o livro frente ao corpo.
— Você é uma criatura intrigante… Alguns tremem quando ouvem sobre o rei de Dazzo, mas você diz que não pareço ser um monstro, nem mesmo treme … Quem é você?
Ela me olha novamente surpresa e bate na própria testa desajeitada, me tirando uma risada confusa de suas ações singelas. Ela se inclina, sempre olhando para o chão, mostrando uma submissão impressionante, mas isso me é incomodador.
— Eu sou Evelyn, princesa de Hartz…. Pode me chamar de Eve, se quiser…_ ela parece temerosa e novamente meus olhos caem no corte em seus lábios rosados e carnudos.
Quem teria coragem de bater em uma princesa?
— Eu deveria saber que alguém tão bem educada deveria ser uma princesa. Desculpe minha falta de modos, alteza!
— Oh, eu que peço seu perdão por aparecer diante de ti de forma tão descuidada. Eu não pretendia atrapalhar…
Aceno singelo e ambos olhamos em direção aos sinos que indicam que meus representantes chegaram. Ela aponta para mim e depois intrigada para o sino.
— Oh!_ ela exclama cobrindo a boca. _ Eu preciso ir agora. Posso me retirar majestade?
Ela pede para se retirar quando está na própria casa?
— É claro, alteza. Foi um grande prazer conhecê-la.
Ela acenou cortês com a cabeça, se afastou apressada, mas parou na distância de poucos metros e olhou por cima do ombro em minha direção.
— Majestade, estou feliz que os reinos estejam finalmente em paz. Espero que possamos nos ver de novo para conversar. Foi agradável, como uma pessoa me disse uma vez .. _ foi tudo que disse e se apressou quase correndo para dentro do castelo.
Quem disse a ela que eu era uma pessoa agradável ?
Uma garota intrigante, educada, parecendo de bom caráter. Nenhuma insinuação e com o comportamento adorável, mas é uma pena que seu destino seja cruel, pois não perdoarei aqueles que mancharam Dazzo! Não perdoarei os que fizeram minha irmã definhar até a morte!
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